quarta-feira, novembro 22, 2006

Barreiro Cáustico – Enigma - Mudar o Logótipo???... olhe que não... olhe que não!

O post de hoje é diferente, é uma espécie de desafio mental à capacidade de os nossos estimados (e)leitores resolverem mistérios, charadas e enigmas....


Num destes dias de chuva, encontrei um velho amigo que trabalha em design publicitário, fomos beber um café e no meio da conversa lá veio à baila a política barreirense e mais precisamente o facto de eu ter lido no “ROSTOS” um artigo no qual se referia a existência de um forte desconforto por parte do colectivo comunista barreirense, relativamente ao Logótipo da CMB
.(clique aqui para ler o artigo)

Este desconforto, tem como ponto de partida o facto de o actual “Logo” ter sido escolhido pelos Socialistas (aquando da sua passagem pelo poder no mandato anterior) e ter simbolizado a ruptura com a imagem dos moinhos que os comunistas haviam validado anteriormente tanto para a CMB, como para os TCBs (curiosamente no que diz respeito aos TCBs, o logótipo dos moinhos nunca foi alterado e ainda hoje se mantem igual).

Este desconforto, tem como ponto de chegada a reivindicação, por parte de muitos comunistas, da reposição do Logótipo anterior.

Esta revindicação enquadra-se perfeitamente na lógica habitual do Partido do Costume, que vive o presente... a sonhar que o futuro... ainda voltará a ser como o passado....

É (portanto) uma questão de dialética aplicada, se é que me faço entender....

Sobre esta reivindicação, parece que o edil municipal comunista terá afirmado que uma alteração do símbolo da Câmara importaría custos muito elevados, pelo que, em virtude disso, o “Logo” da CMB não vai mudar (pelo menos para já).

O presidente terá, no entanto confessado que ele próprio não se identifica com o “logótipo” actual, que ele interpreta como um “revanchismo” socialista e que pessoalmente gosta mais do simbolo dos moinhos.

Em função de tudo isto, eu comentei com o meu amigo:
- Já viste que até com esta história do logótipo, o que está em causa é que, “eles” passam todo o tempo a tentar empurrar-nos para o passado e para a mentalidade miserabilista de suburbio operário?

Ao que o meu amigo respondeu (e relembro que ele é publicitário):
- Mas tu achas mesmo que um logótipo como o actual, representou uma mudança da imagem de marca do Barreiro no sub-consciente das pessoas? - e acrescentou - Os comunistas mudarem o logótipo?? Olhe que não... Olhe que não!! (risos)

- Mas porquê que colocas a questão ao nível do sub-consciente e não do consciente? - perguntei eu.

- Porque em publicidade, toda a gente sabe que numa compra, em caso de indecisão por parte do consumidor, é o sub-consciente quem determina a escolha de um produto em detrimento de outro....

- E qual é a relação entre isso que tu estás a dizer e o Logótipo do Barreiro? - questionei já com alguma impaciência, ao que ele retorquiu de uma forma que na altura considerei, no mínimo.... enígmática:

- Primeiro rodas aproximadamente 3/4 no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio. Depois, apagas três circulos e acrescentas um rectângulo à lua... Seguidamente colocas um trapézio sobre a linha recta e rematas com uma estrela.
Por fim... pintas tudo de vermelho e já está.


Afinal o que quería o meu amigo dizer com aquela frase?

Qual sería a solução para esta charada?




Fico à espera dos vossos comentários/respostas, a solução sai no próximo post (eh! eh!).

Deste... enigmáticamente vosso,
Barreiro Cáustico


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quarta-feira, novembro 15, 2006

Barreiro Cáustico – O Défice... 3ª Parte (fim)


Aqui à tempos, Jorge Sampaio afirmou que “Há vida para além do défice”. Esta frase acabou por se tornar célebre e muito grata ao Partido do Costume, que se serve dela como “chavão” para atacar todas as tentativas de redução da despesa pública preconizadas pelo Governo...

E o que dizer da Câmara do Barreiro, agora que já que passou um ano desde que os comunistas tomaram posse, assumindo os destinos da autarquia?
O que foi efectivamente feito por Carlos Humberto e pela sua equipa para ultrapassar a grave crise financeira em que a Câmara se encontra mergulhada?

Será que há vida para além do défice das contas municipais?

Será que os comunistas (que tanto criticam a obsessão do Governo com os números), quando estão no poder, implementam e praticam outras formas de gerir os dinheiros públicos, em que os números não sejam mais importantes que as pessoas?
Ou estaremos apenas perante a mera demagogia e a dissimulação nas suas formas mais puras?

E os outros défices de que o Barreiro sofre à 32 anos?



(continuação)
Continuando a nossa apreciação relativa ao primeiro ano de mandato comunista, não podemos deixar de referir que, no que diz respeito ao combate ao défice das contas Munícipais, o PC optou claramente pela solução mais fácil, dando prioridade total ao aumento de receitas.

Esta solução não traría mal nenhum ao mundo não fora o facto de a mesma equivaler ao aumento dos valores que os Munícipes tem de pagar para os cofres da autarquia....


....e é aqui que encontramos o primeiro grande sinal de demagogia, pois se por um lado a Câmara e o Partido do Costume tudo fazem para “agitar” a população contra a suposta “injustiça” fiscal imposta pelo governo, acusando-o de obsessão pelo défice, por outro lado e em simultâneo, decidem avançar com aumentos da água, dos passes / bilhetes de autocarros, dos impostos municipais e das mais variadas taxas que são cobradas habitualmente pelas actividades privadas sujeitas a licenciamento (que vão desde o comércio até às obras), e para cúmulo tem o descaramento de dar um tom de inevitabilidade aos referidos aumentos, justificando que são necessários para combater a dívida da CMB (ou seja o défice).

É nesta fase da conversa, que o nosso estimado (e)leitor barreirense, deverá compreender que alguém está a gozar à grande consigo...


...Pois aqueles que “de manhã” até lhe oferecem boleias (nos autocarros da CMB/TCB) para ir a Lisboa, de bandeirinha vermelha na mão, participar nas manifestações contra os “ladrões” do governo, são os mesmos que “à tarde” não têm qualquer pejo em ir-lhe ao bolso no preço da água, no seu passe de autocarro e no dos seus filhos também, no Imposto Munícipal sobre Imóveis (IMI), no IMT, na derrama (que por ter uma base tributária sobre as empresas, acaba por se reflectir no preço final dos produtos apresentados aos consumidores), na licença para “isto” e para “aquilo” também, etc, etc.

Pois é meu amigo (e)leitor, se já compreendeu que no Barreiro existem duas visões do combate ao défice deixo-lhe a seguintes questões para sua reflexão:

Por quanto tempo mais é que pretende continuar a alinhar com esta fraude populista que não passa de uma mera operação de propaganda política do PC?

Se pensa que é necessário que os cidadãos se manifestem contra a cegueira do défice a nível nacional, então porque não se deveriam manifestar também ao nível local pelos mesmos motivos?

Ou então, ...se considera que a abordagem de Carlos Humberto e da sua equipa (aumento dos valores taxados e tributados) para combater o défice das contas Munícipais no Barreiro, é a correcta, porque não se questiona sobre quais as verdadeiras intenções dos representantes e eleitos do PCP, quando os ouve criticar as medidas do governo de combate ao endividamento?


Por outro lado e que se saiba, no Barreiro não existe nenhuma grande política do tipo do PRACE, mas na realidade existe um “mini-PRACE”, ou seja, à semelhança do que o Governo pretende fazer, também Carlos Humberto vai avançar com uma Reestructuração dos Serviços Munícipais...

Não nos pretendemos alongar muito nesta matéria (que será devidamente abordada a seu tempo), mas e porque da mesma derivam questões relevantes para a redução das despesas do município com pessoas ou seja, despesas com os recursos humanos e porque reduzir despesas também é combater o défice, então cá vai:

Tendo em conta que a Câmara do Barreiro não tem nenhum quadro de supranumerários, o que podia PCP fazer para reduzir as despesas com salários?

Podia fazer exactamente o que fez, ou seja mandar embora trabalhadores que estivessem com contratos a prazo ou a recibos verdes...
(Curiosidade: Também nos constou que “por coincidência” entre as pessoas que foram atiradas para o DESEMPREGO não consta nenhum militante do Partido do Costume)

Em suma, uma vez mais se comprova que para o PC a manipulação da opinião pública não tem limites, pois nos jornais, na TV, na rádio, nos panfletos, nas manifestações, somos bombardeados com slogans nos quais é exigido ao Governo que proceda à regularização dos contratos a prazo e dos recibos verdes (Exigência idêntica foi colocada recentemente pelo PCP à Câmara de Lisboa).
Simultâneamente no barreiro reduz-se o défice à lançando contratados a prazo no desemprego.


Pois é meu amigo (e)leitor, hoje já é a segunda vez que o provoco directamente e desta vez pergunto-lhe se também já compreendeu que no Barreiro existem duas visões do combate ao défice através da diminuição de trabalhadores?

E então, ainda tem vontade de participar em manifestações contra o autismo, o autoritarismo, a ladroagem, o carreirismo, o aproveitadorismo, a incompetência, a negligência e a cegueira do défice?

É que se ainda tiver já sabe, escusa de ir para Lisboa, pode manifestar-se contra todas estas coisas mesmo ali à porta da Câmara Munícipal do Barreiro e...
... exigir ao sr Carlos Humberto e ao seu partido, que não estejam só a pensar nos números da dívida... e que comecem também a pensar no Barreiro e nos Barreirenses também.



Deste... manifestamente vosso,
Barreiro Cáustico


P.S.-
E os outros défices de que o Barreiro sofre à 32 anos?
Comentar ou não comentar esta questão?
Deixo ao vosso critério....


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quarta-feira, novembro 08, 2006

Barreiro Cáustico – O Défice... 2ª Parte


Aqui à tempos, Jorge Sampaio afirmou que “Há vida para além do défice”. Esta frase acabou por se tornar célebre e muito grata ao Partido do Costume, que se serve dela como “chavão” para atacar todas as tentativas de redução da despesa pública preconizadas pelo Governo...

E o que dizer da Câmara do Barreiro, agora que já que passou um ano desde que os comunistas tomaram posse, assumindo os destinos da autarquia?

O que foi efectivamente feito por Carlos Humberto e pela sua equipa para ultrapassar a grave crise financeira em que a Câmara se encontra mergulhada?


Será que há vida para além do défice das contas municipais?

Será que os comunistas conhecem e praticam outras formas de gerir os dinheiros públicos, em que os números não sejam mais importantes que as pessoas?


E os outros défices de que o Barreiro sofre à 32 anos?



(continuação)
É certo que as contas da autarquia barreirense refletem uma situação de défice.
Também é certo que a propaganda oficial do partido do costume, tratou de inculcar nos barreirenses a ideia de que o PCP (ou será a CDU) encontrou a Câmara do Barreiro mergulhada numa grave crise financeira que sería da inteira responsabilidade do PS nos quatro anos em que esteve no poder.

Até aqui, tudo normal... até o mais mal informado dos nossos (e)leitores sabe que o partido do costume nunca assume expressamente que errou no passado, que erra constantemente no presente e que não tem visão para o futuro...

Para além disso, todos nós sabemos que para o PC, a culpa nunca morre solteira...

...A culpa é sempre dos outros partidos (verdes não incluidos), do Governo, do Sócrates, do anterior executivo camarário, da Ministra, do Secretário de Estado, da senhora das fotocópias, dos computadores, do papa, dos americanos, do Soares, do Cavaco, do Bill Gates, do Mantorras....eu sei lá... a culpa é do resto do mundo e das pessoas não comunistas.

Em suma, a culpa e responsabilidade por tudo o que estiver mal é sempre dos “outros”.

Mas, debruçando-nos agora sobre o tema, própriamente dito, deste post e que é o défice, passamos a descrever como é que o Barreiro Cáustico avalía este primeiro ano de mandato do PC no Barreiro:

Em primeiro lugar entendemos que numa perspectiva conceptual, a situação que Carlos Humberto encontrou no Município do Barreiro, é em tudo muito semelhante às situações que, quer Sócrates, quer Durão Barroso encontraram no País, aquando da tomada de posse de cada um.
Como é óbvio, faço esta afirmação não com base nos valores financeiros em causa, mas sim com base no conceito de que qualquer um destes senhores encontrou, (no quadro do exercicio dos seus mandatos), contas públicas em situação de défice, ou seja numa situação em que as receitas não cobrem as despesas.


Será que há vida para além do défice das contas municipais?

Aparentemente não há e afirmo isto porque ao observar o discurso do sr Presidente da Câmara, verifiquei que todos os esforços foram feitos para causar o máximo de alarmismo, tendo a CMB sido apresentada aos olhos do mundo como uma instituição virtualmente à beira da falência.

Lembram-se desta estratégia?
Pois é... tal e qual a do sr Durão Barroso que afirmava que o País estáva de “tanga” e com isso comprou mais uns meses de sossego que lhe permitiram ganhar o tempo suficiente para resolver a sua vidinha e fugir para Bruxelas pouco antes de os Portugueses perceberem que o PSD não fazia minima ideia sobre como devería o défice ser reduzido.

Também Carlos Humberto sabia que não tinha ideias, nem projectos realmente credíveis e inovadores para o Barreiro e por isso, apostou na única coisa que o seu partido sabe fazer e que foi básicamente potenciar a mistificação da irresponsabilidade e a propaganda miserabilista do PCP com base no conceito de que o Município do Barreiro não tem dinheiro.

Assim Carlos Humberto, sempre que alguém lhe exigiu trabalho e obra, agarrou-se com “unhas e dentes” à afirmação:
“-Eu até gostava muito e fazer algumas coisas, mas herdamos uma grande dívida e a autarquia não tem verbas...”.
Esta postura de auto-vitimização tem-lhe rendido alguns frutos, permitido entre outras coisas, desviar as atenções da população relativamente à incapacidade, ao laxismo e à incompetência do seu executivo.
Quem sabe se, com uma postura destas, também não o veremos a fazer companhia ao Durão em Bruxelas..
...talvez um dia destes..


E no capítulo da Gestão Autárquica própriamente dita?

Será que os comunistas (que tanto criticam a obsessão do Governo com os números), quando estão no poder, implementam e praticam outras formas de gerir os dinheiros públicos, em que os números não sejam mais importantes que as pessoas?

Ou estaremos apenas perante a mera banalização da demagogia e da dissimulação nas suas formas mais puras?



As respostas para estas perguntas ficam para o post que se segue...
Não perca as “cenas dos próximos capítulos”.... a 3ª parte será publicada muito em breve
(Continua)


Deste, ainda em grave e profunda dívida para convosco,
Barreiro Cáustico


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