Barreiro Cáustico – O Défice... 1ª Parte
Aqui à tempos, Jorge Sampaio afirmou que “Há vida para além do défice”.
Esta frase acabou por se tornar célebre e muito grata ao Partido do Costume, que se serve dela como “chavão” para atacar todas as tentativas de redução da despesa pública preconizadas pelo Governo...
E o que dizer da Câmara do Barreiro, agora que passou um ano, desde que os comunistas tomaram posse assumindo os destinos da autarquia?
Será que há vida para além do défice das contas municipais?
Será que os comunistas conhecem e praticam outras formas de gerir os dinheiros públicos, em que os números não sejam mais importantes que as pessoas?
E os outros défices de que o Barreiro sofre à 32 anos?
E já agora, o que é o défice?
Alguém sabe?
Na minha humilde opinião (que não sou economista), o défice ocorre sempre que uma qualquer entidade gasta acima das suas potencialidades de gerar receitas que cubram as despesas (este conceito é aplicável quer se trate de uma pessoa singular, de uma familia, de uma empresa, de um clube, de uma Câmara, de um País, etc...).
Normalmente (e talvez com excepção para o Alberto João Jardim, que até ao orçamento de estado de 2007 parecia ter dinheiro para tudo) ninguém tem à disposição todo o dinheiro que precisa e é por isso, que é normal que se recorra a empréstimos bancários para garantir o financiamento imediato de coisas que serão pagas a prestações, com juros e de forma diluída no tempo.
Esta solução, apesar de ser necessária e útil, tem um senão que é o facto de criar uma situação de endividamento que se prolonga até à conclusão do pagamento integral do valor em dívida ,por exemplo, os 30 anos de pagamento prestações ao Banco, relativos ao Empréstimo que a maior parte de nós tem de contrair para poder adquirir Habitação Própria.
Ora este endividamento, também ele próprio contribui para o agravamento das despesas fixas e se por acaso continuar a crescer desmesuradamente e vier a ultrapassar a capacidade que se prevê de gerar receitas para o pagar, então ocorrerá é uma situação grave de défice que conduzirá a uma espiral de endividamento ou até, numa situação extrema de incapacidade para pagar as dívidas, à banca-rota.
Na verdade, perante uma situação de défice, só existem duas opções de resolução:
Aumentar as receitas ou (preferencialmente) diminuir as despesas, ou ambas.
É assim que qualquer pessoa faz, se verificar que não tem dinheiro para pagar todas as contas e souber que pedir emprestado ao banco apenas permite adiar o problema no tempo, conduzindo inevitávelmente ao seu agravamento...
(até porque os bancos só emprestam até ao limite da nossa capacidade de endividamento, que é medido através da taxa de esforço).
Qualquer pessoa, quando confrontada com uma situação destas, tenta por um lado ganhar mais dinheiro, seja através do seu trabalho, seja através da venda de bens (o que infelizmente só dá dinheiro uma vez) e por outro lado faz contas à vida e tenta perceber como é que pode poupar nas despesas de consumo e por exemplo, deixa de fumar.
Ora, foi isto mesmo que José Sócrates fez ao perceber que não havia dinheiro e que não podia endividar mais o País pois sería multado pela UE.
Sócrates optou, numa primeira fase por aumentar as receitas (leia-se Impostos) e numa segunda fase por diminuir as despesas, cortando nos vícios (leia-se regalias desmesuradas para alguns carteis/corporações sociais).
A partir desse momento, o PCP (através da sua célula sindical CGTP), iniciou uma acção de propaganda (com greves, manifs, protestos, etc) visando desgastar o Governo, afirmando que Sócrates tinha mentido pois, (ao contrário das suas promessas eleitorais), tinha aumentado os impostos e que estáva obcecado com o défice e os números, não dando a devida importância às pessoas.
Diga-se de passagem que hoje em dia, me parece que, também existem muitos socialistas que já “compraram” esta linha de argumentação fácil e simplista do PCP.
No entanto Sócrates e a sua equipa têm um crédito em toda esta situação e que é o facto de ao contrário dos seus antecessores do PSD (e com particular enfase para Durão Barroso) nunca ter embarcado no discurso da “tanga”, ter arregaçado as mangas, ter feito opções, ter traçado um caminho e ter avançado com medidas no terreno sem ter medo da sua impopularidade (medidas essas que só o futuro demonstrará se estão certas ou erradas).
Em suma, Sócrates demonstrou ter o que já não se via à muitos anos nos timoneiros deste país:
Coragem e Determinação
E no Barreiro, agora que já que passou um ano desde que os comunistas tomaram posse assumindo os destinos da autarquia, o que foi feito por Carlos Humberto e pela sua equipa para ultrapassar a grave crise financeira em que a Câmara se encontra mergulhada?
Esta e outras respostas ficam para o post que se segue...
Não perca as “cenas dos próximos capítulos”.... a 2ª parte será publicada muito em breve
(Continua)
Deste, agora em grave dívida para convosco,
Barreiro Cáustico
E o que dizer da Câmara do Barreiro, agora que passou um ano, desde que os comunistas tomaram posse assumindo os destinos da autarquia?
Será que há vida para além do défice das contas municipais?
Será que os comunistas conhecem e praticam outras formas de gerir os dinheiros públicos, em que os números não sejam mais importantes que as pessoas?
E os outros défices de que o Barreiro sofre à 32 anos?
E já agora, o que é o défice?
Alguém sabe?
Na minha humilde opinião (que não sou economista), o défice ocorre sempre que uma qualquer entidade gasta acima das suas potencialidades de gerar receitas que cubram as despesas (este conceito é aplicável quer se trate de uma pessoa singular, de uma familia, de uma empresa, de um clube, de uma Câmara, de um País, etc...).
Normalmente (e talvez com excepção para o Alberto João Jardim, que até ao orçamento de estado de 2007 parecia ter dinheiro para tudo) ninguém tem à disposição todo o dinheiro que precisa e é por isso, que é normal que se recorra a empréstimos bancários para garantir o financiamento imediato de coisas que serão pagas a prestações, com juros e de forma diluída no tempo.
Esta solução, apesar de ser necessária e útil, tem um senão que é o facto de criar uma situação de endividamento que se prolonga até à conclusão do pagamento integral do valor em dívida ,por exemplo, os 30 anos de pagamento prestações ao Banco, relativos ao Empréstimo que a maior parte de nós tem de contrair para poder adquirir Habitação Própria.
Ora este endividamento, também ele próprio contribui para o agravamento das despesas fixas e se por acaso continuar a crescer desmesuradamente e vier a ultrapassar a capacidade que se prevê de gerar receitas para o pagar, então ocorrerá é uma situação grave de défice que conduzirá a uma espiral de endividamento ou até, numa situação extrema de incapacidade para pagar as dívidas, à banca-rota.
Na verdade, perante uma situação de défice, só existem duas opções de resolução:
Aumentar as receitas ou (preferencialmente) diminuir as despesas, ou ambas.
É assim que qualquer pessoa faz, se verificar que não tem dinheiro para pagar todas as contas e souber que pedir emprestado ao banco apenas permite adiar o problema no tempo, conduzindo inevitávelmente ao seu agravamento...
(até porque os bancos só emprestam até ao limite da nossa capacidade de endividamento, que é medido através da taxa de esforço).
Qualquer pessoa, quando confrontada com uma situação destas, tenta por um lado ganhar mais dinheiro, seja através do seu trabalho, seja através da venda de bens (o que infelizmente só dá dinheiro uma vez) e por outro lado faz contas à vida e tenta perceber como é que pode poupar nas despesas de consumo e por exemplo, deixa de fumar.
Ora, foi isto mesmo que José Sócrates fez ao perceber que não havia dinheiro e que não podia endividar mais o País pois sería multado pela UE.
Sócrates optou, numa primeira fase por aumentar as receitas (leia-se Impostos) e numa segunda fase por diminuir as despesas, cortando nos vícios (leia-se regalias desmesuradas para alguns carteis/corporações sociais).
A partir desse momento, o PCP (através da sua célula sindical CGTP), iniciou uma acção de propaganda (com greves, manifs, protestos, etc) visando desgastar o Governo, afirmando que Sócrates tinha mentido pois, (ao contrário das suas promessas eleitorais), tinha aumentado os impostos e que estáva obcecado com o défice e os números, não dando a devida importância às pessoas.
Diga-se de passagem que hoje em dia, me parece que, também existem muitos socialistas que já “compraram” esta linha de argumentação fácil e simplista do PCP.
No entanto Sócrates e a sua equipa têm um crédito em toda esta situação e que é o facto de ao contrário dos seus antecessores do PSD (e com particular enfase para Durão Barroso) nunca ter embarcado no discurso da “tanga”, ter arregaçado as mangas, ter feito opções, ter traçado um caminho e ter avançado com medidas no terreno sem ter medo da sua impopularidade (medidas essas que só o futuro demonstrará se estão certas ou erradas).
Em suma, Sócrates demonstrou ter o que já não se via à muitos anos nos timoneiros deste país:
Coragem e Determinação
E no Barreiro, agora que já que passou um ano desde que os comunistas tomaram posse assumindo os destinos da autarquia, o que foi feito por Carlos Humberto e pela sua equipa para ultrapassar a grave crise financeira em que a Câmara se encontra mergulhada?
Esta e outras respostas ficam para o post que se segue...
Não perca as “cenas dos próximos capítulos”.... a 2ª parte será publicada muito em breve
(Continua)
Deste, agora em grave dívida para convosco,
Barreiro Cáustico
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