Barreiro Cáustico - Desapareceu: 25 de Abril no Barreiro... dão-se alvíssaras a quem o encontrar.

Reza a lenda,

que"depois do adeus" à ditadura corporativa do "velho" estado novo, um tal de 25 de Abril de 1974, terá passado pelo Barreiro e que, como pretendia instalar-se definitivamente com as suas novas conquistas (Democracia e Liberdade), terá "de forma muito ingénua" aceite a guarida oferecida por um grupo de bajuladores pertencentes ao Partido do Costume (PC).

Desde essa data que o 25 de Abril desapareceu e nunca mais foi visto no Barreiro, sabe-se apenas (de fonte segura) que uma forte campanha de propaganda (que dura até à actualidade) foi lançada, pelos mesmos que o acolheram de braços abertos e lhe ofereceram hospedagem.

Nessa campanha de intoxicação do imaginário da população barreirense, foi (em primeiro lugar) inculcada a ideia de que o PC não era o modesto anfitrião do 25 de Abril, mas sim seu progenitor, arrogando-se à propriedade de direitos de autor e privilégios doutrinais de interpretação.

Por outro lado, durante todos estes anos, o PC tentou, de forma oportunista, confundir o conceito de partido da revolução do proletariado, com o conceito de revolução dos cravos, fazendo acreditar a muitos que ambas as ideias seríam uma só.

Daí ao PC vir arrogantemente afirmar-se perante o publico como sendo o Partido da Revolução dos Cravos foi apenas um "saltinho".

Esta promiscuidade intelectual ainda permitiu obter um pequeno bónus (que também permanece nos dias de hoje), pois permitiu ao PC perseguir (de forma "pidesca") os não comunistas do Barreiro, tendo sido apelidados de fascistas todos aquele que não se vergassem submissamente à nova Ditadura do PC.

O Partido do Costume é composto por pessoas que se afirmam como militantes da Liberdade, (sim, porque em relação à Democracia a "coisa" nunca correu lá muito bem) mas este partido, na verdade, não passa de um sequestrador que apenas pretendeu usurpar a memória, a verdade e tudo aquilo de que o 25 de Abril é símbolo, mas a História faz-se com factos e não com mitos.

Se o 25 de Abril realmente passou pelo Barreiro, tal passagem terá sido tão rápida, superficial e fugaz que, apesar de toda a população ter acreditado que ele tinha vindo para ficar, nem deu tempo para o conhecer.

Quanto a mim, 32 anos volvidos, tenho dúvidas de que o 25 de Abril alguma vez cá tenha chegado...

Já sabem... dão-se alvíssaras a quem o encontrar...