Barreiro Cáustico: julho 2006

Em tempos idos foi publicado neste blog um post intitulado: S. Valentim vs. Coastwatch... no qual se constatava o quanto os nossos autarcas estão preocupados e disponiveis para tudo fazer em nome de um bom ambiente...

Tal esforço, é uma autentica e plena demonstração de dedicação, até deu direito a um belo passeio á beira Tejo, que para além da pose para as fotos, ainda resultou no esperado, ou seja... em rigorosamente nada.

Pode parecer estranho que estejamos agora a invocar algo que a maioria dos nossos estimados (e)leitores provávelmente já terá colocado no "Baú", mas como o tema da qualidade ambiental do rio Tejo está na ordem do dia, parece-nos extremamente relevante este breve avivar das memórias...

Bom.. mas vamos lá falar de factos mais actuais:

Por falar em Tejo, pudemos constatar no dia 17/07/2006 por intermédio dos média nacionais que, nas margens barreirenses (e não só) deste rio, existe um grave problema não só de cariz ambiental, como também de saúde pública, pois a apanha de bivalves contaminados para consumo humano constitui-se, não só como uma prática típica de algumas pequenas comunidades piscatórias residentes nas margens do rio, como também e muito mais grave, estes bivalves são adquiridos por empresas locais que operam nas áreas alimentar e de restauração... ("clique aqui" para ver a notícia)

Perante tais factos, o Barreiro Cáustico procurou conhecer quais eram as reacções oficiais dos senhores que gostam de dar passeios à beira tejo e de tirar fotografias com a expressão de quem está cá para trabalhar pelo ambiente (um deles até tem esse pelouro, lembram-se?) e que espanto... não existiu nenhuma reacção dos mesmos...

Porque será que permanecem em silencio?

O assunto não interessa?

Terão a consciência de que a CMB nada faz para alertar a população dos riscos a que está sujeita?

Ou será que nos vão tentar vender outra vez a "cassete" de que a culpa é do Governo?

Outro facto de enorme importância ao nível ambiental e extremamente relevante para a saúde pública, foi o de que na sexta-feira passada (14/07/2006) a poluição por ozono verificada na cidade do Barreiro atingiu níveis muito elevados que obrigaram a alertar a população para os perigos inerentes à exposição ao referido poluente.("clique aqui" para ver a notícia)

Nem sequer vou discutir o facto de só ter conhecido tal noticia pela TVI à hora do jantar (até porque a incompetência autárquica local não dá para mais)...

Mas depois pensei:

Bem, pelo menos deve ser desta, que pela primeira vez vou ouvir alguém da célula partidária ecológica do PCP (também conhecida como "Os Verdes") referir-se à situação catastrófica ao nível ambiental em que se encontra toda a margem sul do tejo... esperei, esperei e... nada.

Foi nesse momento que decidi que tinha de descobrir se "Os Verdes" realmente existiam, ou se pelo contrário seriam apenas um "mito urbano", pelo que comecei a pesquisar notícias e então fez-se luz:

Existem umas pessoas que dizem ser "Os Verdes" e que tal como os dois senhores que mencionei no início deste "post", também são pessoas muito preocupadas com o meio ambiente, senão veja-se:

Enquanto os Barreirenses estão a ser alvo de envenenamento através do ar que respiram e do consumo de animais do rio Tejo, tão caros à gastronomia ribeirinha que até são usados em concursos ("clique aqui" para ver a notícia") e que por acaso até são muito dignos e merecedores de todo o respeito por parte de qualquer ecologista que se preze, diziamos nós que enquanto que a população é envenenada com o aval silencioso da CMB, os verdes, esse simbolo nacional da ecologia política, estavam em acção em prol de causas maiores, como o sejam a recolha de assinaturas para defender as causas anti-governamentais do PCP, como o espelham as seguintes noticias:

“OS VERDES” recolhem assinaturas contra a supressão de Carreiras da TST . Na ligação MONTIJO-MOITA-BARREIRO

«Os Verdes» acusam Soflusa de proibir recolha de assinaturas

Soflusa não permite recolha de assinaturas d’Os Verdes

Soflusa impede recolha de assinaturas Em causa a redução da circulação de autocarros

É caso para dizer que nesta terra não há Verdocas, mas em contrapartida não faltam VERMELHOCAS, LARANJOCAS e MELANCIAS (que como todos sabem... só são verdes por fora...)